03 janeiro 2007

Olimpiadas 2004

Bom gente, essa reportagem eu ja coloquei na comunidade, mas gostei tanto dela que vou postar aki tbm, as vezes alguem nao viu la rsrs. Acho que essas palavras sao as mais justas que ja li em relação as Olimpiadas de 2004.

"Num país de fanáticos por futebol, como o Brasil, é comum estabelecermos relações entre os mais diversos assuntos e o tão destacado esporte bretão. Critiquei numa coluna aqueles que analisam outros esportes tomando por base o futebol, por se tratar na verdade de uma grande armadilha. A chamada "paixão nacional" é um esporte à parte no cenário brasileiro e qualquer comparação deve ser feita com muito critério. Porém, se nesta terra tropical, até o presidente faz analogias entre futebol e política, por que eu não posso usar o processo no vôlei? Tudo é válido, desde que seja feito com discernimento.Vou usar o vôlei mais exatamente para falar de Mari, para mim uma das grandes personagens da última Olimpíada. Se não foi a mais festejada ou cativante, certamente foi a mais instigante das atletas brasileiras.Sempre tive um olhar diferente sobre Mari, desde que ela começou a se destacar na Liga Nacional, pelo Finasa-Osaco, até os primeiros jogos pela seleção brasileira. Com apenas 20 anos, a oposto era uma gigante em quadra, desafogando o time sempre que uma partida apertava, com extrema personalidade.O que mais impressiona é que, mesmo sendo uma menina bonita, não se comporta como musa e chama atenção principalmente pela qualidade técnica que tem. Mari poderia muito bem usar da vaidade e crescer em cima da beleza, mas sua personalidade mais recatada a impede e, só por isso, já mereceria um prêmio.Quando a seleção feminina de vôlei estreou em Atenas, diante do Japão, ficou bem claro que Mari era uma peça diferenciada no grupo. Já na apresentação das jogadoras, fiquei com essa impressão e passei a prestar atenção em seu comportamento. Apesar de ser naturalmente série a calada, dava para perceber o quanto ela estava tensa com a responsabilidade. Desde então, torci, com particular motivação, pelo sucesso dela, sabendo da importância que ela terá no futuro do vôlei brasileiro.Estava claro e nítido que Mari ficaria marcada por esta Olimpíada, positiva ou negativamente. Se viesse uma medalha de ouro, Virna, Fernanda Venturini e até Leila, que não estava no grupo - deixariam a seleção consagrando uma geração vitoriosa e Mari levaria adiante a responsabilidade de carregar esse brilho pelos próximos anos, sob a condição de grande revelação, grande esperança dessa nova geração, ao lado de Érika.Tudo isso porque Mari já chegou a Atenas com status de sensação, pelo ótimo desempenho no Grand Prix. Talvez o assédio da mídia tenha mexido com ela. Na Grécia, a empolgação tímida deu lugar a uma cara mais fechada, na maior parte do tempo concentrada, mas algumas vezes tensa. A eficiência, era a mesma e, ao lado das companheiras, Mari foi garantindo as vitórias brasileiras, com seu brilho constante e discreto.A seleção feminina ia jogando muito bem, mas só teve a merecida atenção nas semifinais. Péssima hora. Mari, foi brilhante até o 24-19 do quarto set. A partir dali, foi um Deus nos acuda. Do time inteiro.Mari errou sim, como a Virna errou, como a Sassá errou, como a Arlene errou. Até o José Roberto Guimarães e a Fernanda Venturini erraram naquele fim de jogo.Mas, para infelicidade de Mari, a última bola foi dela e este é um país sem memória, ávido por apontar um culpado a cada fracasso. E muitos crucificaram a jogadora injustamente. Ela só mandou fora porque foi acionada. E só foi acionado porque tinha a confiança da levantadora. E se uma Fernanda Venturini confia nela, é porque a capacidade de Mari é inquestionável. Foi por isso que ficou tão chateada. Era uma frustração consigo mesma, de alguém que queria provar seu potencial. Esperar que ela se reerguesse depois de um baque daquele era pedir demais. A preparação psicológica da equipe brasileira era quase inexistente. O grupo entrou no torneio olímpico para levar o ouro e não havia como se motivar para buscar um bronze naquelas circunstâncias. Nem o torcedor brasileiro demonstrava empolgação com a partida contra Cuba. Dizer que faltou espírito olímpico é exagero dos críticos. A imagem de uma Olimpíada é a que fica marcada na memória do torcedor. Mari pode fazer chover nos próximos quatro anos,mas só vai se superar junto a essa porção desconfiada da torcida quando conquistar uma medalha de ouro para o Brasil, o que eu acredito que vá de fato acontecer, com a jogadora fazendo o ponto decisivo.Ainda assim, correrá riscos. Mari tem apenas 21 anos ainda e pode mudar, embora eu não considere provável e muito menos necessário. O que precisa ser alterada é a mentalidade do torcedor brasileiro em sua maioria, que apóia a construção de ídolos na força da mídia. Uma coisa é certa: Mari terá que provar seu valor o tempo todo, de agora em diante, como costuma ser com atletas mais recatados e não menos vibrantes."

Infelizmente desconheço o nome de quem escreveu esse texto. O que é uma pena pq essa pessoa merecia parabéns rsrs. Bjos a todos :D

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

é isso ai...o autor desse texto mecere parabens sim!!!
eu tb ja tinha lido essa reportagem!!
me arrepio toda!!!
hauahiahuihai

11:53 AM  
Anonymous Anônimo said...

minha nossa esse texto e de arrepiar,quem escreveu merece os parabens mesmo,pena brasileiro nao lembrar de tudo e sempre procurar um culpado...e fo...a pessoa q escreveu foi perfeita em tudo...

2:52 PM  

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